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Jaecoo 7 promete 1.200 km com um tanque e fomos testar pra ver!

De São Paulo (SP) a Foz do Iguaçu (PR), abastecer era proibido!

Jaecoo 7 PHEV (1.200 km)
Foto de: Motor1.com

Não é novidade que a chegada dos veículos híbridos está revolucionando a autonomia dos automóveis e, justamente por isso, só chama a atenção se um número superlativo. Pensando nisso que a Omoda & Jaecco traçou uma estratégia diferente para o lançamento do Jaecco 7 ao redor do mundo, com a promessa de rodar no mínimo 1.200 quilômetros com um tanque de combustível e uma carga 100% do sistema elétrico. Será que cumpre isso mesmo?

No mundo inteiro, a marca desafiou jornalistas a rodar com seus carros e chegar à marca de 1.200 km. No Brasil, o Motor1.com foi um desses, em um trecho de São Paulo (SP) e Foz do Iguaçu (PR), mas nosso primeiro contato com o Jaecoo 7 foi bem antes deste lançamento e, como já tinha o dirigido, dias antes fui fazendo as contas de como chegar a estes 1.200 km durante essa viagem em um SUV com porte de Jeep Com, mais de 1.700 kg e 339 cv. 

Jaecoo 7 PHEV (1.200 km)
Foto de: Motor1.com

O teste começa na ainda não inaugurada concessionária O&J de Alphaville, região metropolitana de São Paulo. Uma apresentação técnica, regras do desafio, dicas, tanques lacrados e bora rodar. Foram 4 carros com 3 jornalistas em cada. Nosso destino final era a Hidroelétrica de Itaipú em Foz do Iguaçu, com uma parada em Londrina.

Como não sabíamos como seria o consumo, em nosso carro, tentamos dirigir na situação de menor consumo possível e com o mínimo de conforto. Ar-condicionado nos 23 graus e ventilação no mínimo, janelas fechadas e uma tocada suave, sem acelerações bruscas, tentando sempre manter a velocidade próxima dos 80 km/h na estrada. A chuva tornou a viagem ainda mais dramática nesse primeiro dia. Chegamos em Londrina no final do dia, já com uma boa parcial de consumo. Fiz os cálculos e já tinha um veredicto: superaríamos por muito o desafio dos 1.200 km. Meus parceiros de carro se empolgaram e decidimos fazer o máximo possível no dia seguinte.

Jaecoo 7 PHEV (1.200 km)
Foto de: Motor1.com

Saímos de Londrina com destino a Foz. Muitas subidas e descidas e trânsito. Testei todos os tipos possíveis de combinação para condução. Regeneração no máximo, no mínimo, desligada, modo híbrido, modo elétrico, tudo. Esse desafio foi uma aula de matemática e estratégia para mim, coisa que eu fazia quando eu tinha 18 anos nas viagens com meu pai - a meta era calcular tudo para pararmos o mínimo possível para abastecer e chegar mais cedo em nosso destino, geralmente o sul do país, rodando 1.000 km em uma tocada só.

E o tal Sistema Super Hibrido ou SHS, propagandeado pela J&O como o maior diferencial de seu produto, se demonstrou eficaz. O sistema de gerenciamento de bateria e de regeneração são muito eficazes. O carro ficava balanceando o uso da bateria com o de combustão ou dos dois o tempo todo, tudo sob demanda do acelerador. O gráfico de fluxo de consumo na tela demonstrava tudo e ficava claro o equilíbrio de gerenciamento entre performance e consumo. Afundar o pé, significa que o carro irá ignorar a otimização de consumo e vai te entregar o máximo de potência, mas se você dirigir de forma equilibrada, ele vai procurar o melhor custo benefício entre o modo combustão, elétrico ou somar os dois.

Jaecoo 7 PHEV (1.200 km)
Foto de: Motor1.com

Também observei que em alguns momentos que estávamos utilizando somente o motor elétrico, o motor a combustão acionava para carregar as baterias e aumentar a autonomia sem gastar muito combustível, ou seja, a regeneração não era somente nas desacelerações. Se você, assim como eu, gosta de viajar pra longe e sempre ter um desafio imaginário quando ao volante, observar e entender esse sistema é um prato cheio para ti. Outro quesito digno de nota era o arrasto, ou melhor, a falta dele. Se você estava com a regeneração no mínimo e tirava o pé, o carro rolava sem perder velocidade por um bom tempo, demonstrando uma grande evolução mecânica e aerodinâmica.

Chegamos em Foz. 1.007 quilômetros rodados no , 412 quilômetros de autonomia e 29% de energia nas baterias. Pelas contas da J&C e da TSO, empresa que realizou e auditou o teste, o carro seria capaz de rodar 1.448 quilômetros com um tanque de combustível e bateria carregada. Vencemos o desafio dos 1.200 quilômetros, mas perdermos a competição de ser o melhor carro do evento por míseros 5 quilômetros. Nossos colegas atingiram a marca de 1453,9 quilômetros nesse teste, que demonstrou sim que o Jaecoo 7 é capaz de rodar não só 1.200 km, mas muito mais.

Mas é só sobre consumo?

Não. O Jaecoo 7 entrega um excelente conforto. Eu com meus 1,90 de altura, achei a posição ideal de dirigir, sem sacrificar espaço de quem vai atrás. Um excelente porta-malas, um acabamento interno muito bom, com volante revestido em couro e em soft-touch, bancos confortáveis e um interior sóbrio e elegante. Um carro que chega no Brasil com preços competitivos nas suas duas versões a Luxury, com preço de tabela de R$ 229.990 e a Prestige, com preço de R$ 249.990 e, que depois de mais uma volta longa dessa, digo que vai dar trabalho para a concorrência.

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