História: há 15 anos, estreava a segunda geração do Uno
Oferecido inicialmente como compacto moderninho, hatch conviveu com o Mille até 2013 e saiu de linha no ostracismo

Não parece, mas já faz quinze anos que a Fiat apresentou a segunda geração do Uno no mercado brasileiro. Vendido como modelo de o da gama da italiana após a chegada da família Palio, o compacto quadradinho surpreendeu até mesmo sua criadora, que lhe deu uma nova encarnação a partir de maio de 2010.
Desenvolvido no Polo Automotivo de Betim, em Minas Gerais, a então nova geração do Uno chegou ao mercado tentando manter a personalidade e carisma do modelo original mas em um novo conceito, agora adaptado para a realidade dos anos 10. Todo o design do modelo buscava referências no compacto original, lançado em 1984, mas agora com cantos arredondados. É o que a marca chamava de “Round Square”, ou “quadrado arredondado”.
Os 15 anos do Fiat Novo Uno no Brasil
De perfil, ava a adotar teto mais alto, lanternas em posição elevada, e três curiosos retângulos na grade frontal, que não tinham função real, servindo apenas estética. Tudo era pensado para deixar o modelo com design mais disruptivo com o que a categoria oferecia na época.

Uno duni tê
Naquele momento o Novo Uno foi ofertado em quatro versões, sendo elas: Vivace 1.0 Fire EVO Flex, Uno Attractive 1.4 EVO Flex e a aventureira Way, com motores 1.0 e 1.4 Fire EVO Flex. O modelo oferecia múltiplas opções de personalização, como adesivos externos que imitavam tatuagem tribal e moldura interna do colorida.
Por falar em cores, a segunda geração do Uno foi um dos últimos compactos do mercado a oferecer um grande catálogo para o público, fugindo dos tradicionais preto, prata e branco. No total, eram 14 cores para escolher, entre lisas e metalizadas, sendo três delas exclusivas do hatch: Amarelo Citrus e Azul Splash, exclusivas para as versões Vivace e Attractive, e Verde Box para versões Way.
Na época o modelo também marcou a estreia das atualizações do motor Fire na linha Fiat, Com o motor Fire 1.0 Evo, o hatch entregava 73 cv de potência e 9,5 kgfm de torque quando abastecido com gasolina. Já com etanol, o valor mudava para 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque.
Com o motor Fire 1.4 Evo, por sua vez, o carro entregava 85 cv de potência e 12,4 kgfm de torque com gasolina e 88 cv de potência e 12,5 kgfm de torque com etanol. O câmbio de ambos era sempre manual, de cinco velocidades. Após o Uno, o motor 1.4 EVO chegou a então nova geração do Palio e sedã Grand Siena, ao Punto e ao subcompacto 500, importado do México.

Três portas e versão Sporting
Em 2011, cerca de um ano após o lançamento, a marca italiana lançaria ainda opções de três portas e a esportivada Sporting. A configuração com menos portas começou enfim a ocupar o espaço do antigo Mille, que já dava seus últimos suspiros no mercado. Mantendo o padrão de personalização, entretanto, o compacto foi um dos últimos modelos de entrada a oferecer a opção de três portas em todas as configurações.
Na Sporting, ainda que não tivesse um motor maior como seus irmãos Bravo e Punto T-Jet, possuía suspensão 2 cm mais baixa, além de molas mais rígidas em relação às versões de entrada (Vivace e Attractive) e barra estabilizadora dianteira com maior diâmetro. No visual, suas lanternas e faróis possuíam máscara negra, para-choques com spoilers, aerofólio traseiro, ponteira dupla do escapamento cromada, rodas de liga leve de 15'' e adesivos nas laterais com a inscrição “Sporting”.
Por dentro, a versão contava com decoração em laranja, presente nos bancos, volante, cinto de segurança e portas. Em volta do de instrumentos, contava com um acabamento que imitava fibra de carbono que se estendia até o rádio de 1 din, localizado na parte central.

1º facelift e start-stop
A segunda geração do Fiat Uno pode ter inovado na carroceria, mas trazia os veteranos motores Fire 1.0 e 1.4 sob o capô. Isso começou a mudar no final de 2014, quando o carro ganhou a primeira atualização visual, que trazia pequenas renovações externas, novo interior e uma nova versão: a Evolution.
A novidade mantinha o motor Fire 1.4 EVO, mas usava um diferencial alongado para melhorar o consumo de combustível. Além disso, trazia o sistema start-stop, que desligava e religava o motor em paradas prolongadas. Foi o primeiro compacto nacional a ter o equipamento de série, visto que, até então, o recurso era reservado a carros importados ou de luxo. Em nossos testes de 2014, o Uno Evolution registrou consumo de 9,4 km/l na cidade e de 13,5 km/l na estrada com etanol.

No interior, praticamente tudo era novo, e resolvia parte das críticas do modelo lançado em 2010, considerado simples demais e com abundância de plásticos rígidos. Na parte central, adotava novas texturas, central de instrumentos em LCD com computador de bordo e um novo rádio integrado ao . Nas unidades sem rádio, era possível instalar rádios e multimídias 2 din.
Nas portas, por sua vez, tanto a parte dianteira quanto a traseira aram a adotar novos forros mais ergonômicos e com partes em tecido. O volante ava a ser multifuncional, muito parecido com o que o Mobi e a van Fiorino utilizam ainda hoje. Nas versões Way e Sporting 1.4, a Fiat ava a disponibilizar ainda o câmbio automatizado Dualogic Plus, que não possuía alavanca de marchas: em seu lugar, o Uno contava com botões que representavam as marchas D, R, N e S, enquanto o volante podia contar com borboletas para acionamento manual.

Estreia do Firefly e 2º facelift
Em 2017, o Uno foi novamente escolhido como modelo de estreia para uma importante inovação da Fiat: a nova linha global de motores Firefly, desenvolvida pelo então grupo FCA. A atualização mecânica veio acompanhada do segundo facelift, com mudanças no visual que o acompanhariam até o fim da produção.
Mais maduro, o Uno abandonava as clássicas entradas de ar retangulares dianteiras, adotando uma grade maior integrada aos faróis. Ainda assim, mantinha traços nostálgicos, como as rodas com elementos quadrados da versão Sporting — uma referência às rodas das versões R da primeira geração.

A lista de equipamentos também evoluiu. Pela primeira vez, o hatch trazia central multimídia com tela de 6,2", controle de tração e estabilidade, além de direção elétrica com função City, buscando distanciá-lo do subcompacto Mobi, lançado para ocupar o posto de carro de entrada da marca.
A nova família Firefly estreava com dois motores: o 1.0 tricilíndrico de 6 válvulas (72/77 cv e 10,4/10,9 kgfm com gasolina/etanol), com foco em eficiência e torque em baixas rotações, e o 1.3 de 8 válvulas (101/109 cv e 13,7/14,2 kgfm), disponível com câmbio manual de cinco marchas ou automatizado Dualogic.

A despedida oficial aconteceu em 2021 com a série limitada Uno Ciao, de apenas 250 unidades. A edição especial homenageava a trajetória do modelo cuja produção foi ininterrupta desde agosto de 1984 no Polo Automotivo de Betim (MG). No total, o Uno acumulou 4.379.356 unidades produzidas — e se despediu com a mesma palavra italiana que pode significar tanto "olá" quanto "adeus": Ciao.
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