CEO da Bugatti dirige um VW Golf, mas não é qualquer Golf
Chefe da Bugatti começou com BMW E30 elétrico e hoje pilota Golf R32; entusiasta salvou novo Bugatti de virar SUV elétrico

Quando pensamos em executivos e CEOs, não é incomum vir a cabeça a figura de pessoas sóbrias, com terno e extremamente moderadas. Não é o caso de Mate Rimac, o atual chefe da Bugatti. O executivo fez seu nome desenvolvendo alguns dos elétricos mais malucos que existem.
No entanto, sua ascensão ao sucesso começou com um humilde BMW E30 e um motor quebrado. O modelo de 1983 foi convertido para ser elétrico e apelidado de "Monstro Verde". Com 600 cavalos de potência, ele conquistou o título de elétrico de aceleração mais rápida em 2011.

BMW Série 3 E30, como o de Mate
Ao longo dos anos, ele adquiriu vários carros com o emblema da alemã, incluindo um M5 E39 e um M3 E30 Sport Evolution. O empresário croata também foi visto dirigindo de tudo, desde um Z4 M Coupe até um F90 M5 Competition.
Ele até possuía um M3 CSL E46 e um M6 E64 com motor V-10, então é seguro dizer que ele tem uma queda por BMWs. No entanto, há um outro carro alemão em sua garagem e que não é exatamente um superesportivo como os Bugatti e Rimac que sua empresa constrói.
Novo Volkswagen Golf R32
O CEO de 37 anos possui e dirige um Golf de quinta geração na carroceria de cinco portas, na versão R32 e equipado com um câmbio DSG de seis marchas e uma chave não muito diferente da utilizada no Veyron. Na época, a VW também oferecia o carro com motor VR-6 com um câmbio manual de seis marchas e configuração de três portas. Embora ele ame o carro como é, acredita que um restomod, focado em melhorar a qualidade do interior e adicionar tecnologia de conectividade, o transformaria em um hot hatch "incrível".
Não que precisássemos de mais motivos para acreditar nisso, mas Mate Rimac é um entusiasta de verdade. Ele convenceu o Grupo Volkswagen a não transformar o sucessor do Bugatti Chiron em um SUV elétrico. A história conta que a VW planejava lançar um concorrente para a Ferrari Purosangue, mas quando Rimac foi chamado para assumir a empresa, ele aprovou outro hipercarro. O resultado foi o Tourbillon, com um motor V-16 naturalmente aspirado de 8,3 litros.
Mate Rimac nos parece o tipo de CEO que teria aprovado para produção o conceito Golf GTI W12-650, também baseado no Mk5. Sim, a VW uma vez colocou um motor de doze cilindros de 641 cv de um Bentley Continental GT em um Golf, montando-o atrás dos assentos. O Golf de quinta geração também gerou um protótipo funcional de 500 cv e V-10 que acabou nunca saindo do conceito.
Ele não é o único entusiasta no negócio. Christian von Koenigsegg disse que colocaria o último tanque de combustível no Miata que comprou quando tinha 19 anos. Ivan Espinosa, o novo chefe da Nissan, dirige seu Z para o trabalho todos os dias. São CEOs como esses que nos dão esperança de que carros divertidos não desaparecerão sob o peso dos SUVs, da eletrificação e do corte incessante de custos.
Fonte: Mate Rimac / Instagram
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