Dúvida no Brasil, Suzuki Jimny ganha versão de 4 portas na América Latina
Versão alongada do Suzuki Jimny é lançada na Argentina com mais portas e motor 1.5; Brasil ainda segue sem definição
Vendendo apenas um carro no mercado brasileiro, a situação da japonesa Suzuki é nebulosa. Representada por aqui pelo grupo brasileiro HPE Automotores, que também é responsável pela Mitsubishi, a marca ainda não conseguiu homologar o pequeno jipinho Jimny Sierra para as novas regras de emissão mais rígidas do Proconve L8, que entraram em vigor no início do ano.
Graças a isso, a marca está impossibilitada de importar novas unidades desde o dia 1ª de janeiro. Atualmente, o modelo é vendido por meio de um lote de 1.000 unidades importado durante o ano ado para que a rede continuasse a se manter abastecida ao longo de 2025.
Galeria: Suzuki Jimny 5 portas 2025
Mas na Argentina, entretanto, a situação da japonesa é outra. Por lá, graças ao novo regime de importação que aliviou taxas para modelos vindos de fora do país, a marca confirmou que não só continuará vendendo a versão tradicional do jipinho, com três portas, como adicionará à gama uma versão com quatro portas, sendo maior e mais prática para o uso urbano.
Caminho das Índias
Enquanto a versão de duas portas vem de sua terra natal, o Japão, a nova configuração virá diretamente importada da Índia, outro mercado onde a Suzuki (por meio de sua parceria com a Maruti) tem grande atuação. Chamada de Nomad, a nova configuração mantém o estilo quadradão e a capacidade off-road pelos quais o Jimny ficou conhecido, mas agora em uma embalagem um pouco maior.
Nas dimensões, o Suzuki Jimny de 4 portas tem 3,89 metros de comprimento com uma distância entre eixos ampliada para dar espaço às duas portas traseiras, que são menores que as dianteiras, mas ainda assim confortáveis para o o à segunda fileira. Houve ganho também no porta malas, que agora a a acomodar 211 litros ante os 85 do modelo tradicional.
Quanto ao resto, como mencionado, o Jimny Nomad permanece igual ao de 2 portas, com linhas verticais, proteções plásticas na parte inferior, grupos de luzes dianteiras circulares e um visual realmente off-road.
A nova configuração do Jimny será oferecida na Argentina em três versões. A mais ível será a Jimny 5 Puertas GL Monotono Manual, com preço sugerido de US$ 41.900, o equivalente a cerca de R$ 237.154. A versão intermediária, Jimny 5 Puertas GLX Monotono Manual, ainda não teve seu valor divulgado oficialmente.
Já a configuração topo de linha, equipada com câmbio automático, será a Jimny 5 Puertas GLX Monotono Automático, que custará US$ 43.900, ou aproximadamente R$ 248.474. Todas contarão com garantia de três anos ou 100 mil quilômetros por lá.
E aqui?
Também não há novidades na mecânica, mantendo o 1.5 16V aspirado movido somente com gasolina capaz de render 108 cv de potência a 6.000 rpm e 14,1 kgfm de torque e a tração 4x4. É exatamente o conjunto que também está disponível por aqui. E esse talvez seja seu maior problema.
Como a operação brasileira ainda aguarda definição da matriz japonesa para atualizar o trem de força utilizado hoje, não há como adaptar o jipinho para as novas normas do Proconve L8 sem que haja alterações importantes no conjunto motriz e um novo processo de homologação, algo bem custoso de ser feito.
Em setembro de 2024, Mauro Correia, CEO do grupo HPE Automotores, falou no Podcast Motor1.com Brasil sobre conversas com a Suzuki no Japão para definir produtos e estratégias da marca em nosso mercado, parte do grupo HPE no Brasil. Depois disso, se falou no mercado sobre a dificuldade da operação no Brasil, até hoje apenas com o Jimny Sierra no catálogo. Hoje, as notícias são mais animadoras.
Em conversa com Correia, Motor1.com Brasil apurou que a Suzuki continuará a operar no Brasil, tirando o fantasma de uma segunda saída do nosso mercado. O CEO não falou sobre modelos, mas disse que falará sobre o assunto "em breve", provavelmente quando tiver mais definições sobre os modelos e o que venderá por aqui, provavelmente importados.
Suzuki Fronx
Uma opção é o Fronx, um SUV híbrido produzido na Índia e que iria ao encontro do que o mercado brasileiro pede. Usa motor 1.5 aspirado e um sistema híbrido-leve de 12 volts, com porte que encontramos em Fiat Pulse, Renault Kardian e VW Tera, por exemplo.
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