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Nissan pode vender até sua sede no Japão para sobreviver

Avaliada em quase R$ 4 bilhões, prédio localicado em Yokohama (JAP) pode ser vendido até 2026

Nissan global headquarters
Foto de: Nissan

Tempos difíceis exigem medidas drásticas. Há alguns dias, anunciamos que a Nissan pretende reduzir e muito seu número de colaboradores, reduzindo pelo menos 1 em cada 7 postos de trabalho e fechando sete fábricas em todo o mundo. Mas a situação pode ser ainda pior, já que a marca também pensa em liquidar sua própria sede, no Japão.

A informação é do jornal Nikkei Asia, que também havia antecipado que os cortes seriam mais profundos do que os inicialmente anunciados. A sede da marca, localizada em Yokohama desde 2009, levou dois anos para ser construída e está avaliada em mais de 100 bilhões de ienes — cerca de R$ 3,96 bilhões, ou US$ 700 milhões na cotação atual.

Foto de: Nissan

Segundo a publicação japonesa, o edifício aparece numa lista de ativos que a montadora pretende se desfazer até março de 2026. O novo CEO global, Ivan Espinosa, confirmou que haverá uma ampla venda de bens, embora não tenha citado especificamente a sede.

Mesmo que a venda ocorra, a Nissan poderá continuar operando no local por meio de um contrato de arrendamento com o novo proprietário — um modelo que já foi usado por outras montadoras, como a McLaren, que vendeu sua sede em Woking, na Inglaterra, para aliviar dívidas, mas permaneceu no espaço.

McLaren Senna

A fabricante de esportivos McLaren vendeu sua sede em Woking, mas permaneceu no local

Essa possível liquidação de sua sede soma-se a uma longa lista de ações voltadas à contenção de despesas após o prejuízo de US$ 4,5 bilhões (R$ 25,4 bilhões) registrado no último exercício fiscal. Além das fábricas fechadas e da enorme redução no quadro de pessoal, a Nissan está cortando o desenvolvimento de novos modelos e abandonando seis de suas atuais plataformas, mantendo apenas sete. A meta é reduzir em 70% a complexidade das peças e unificar o máximo possível de componentes entre os produtos.

Produtos futuros da Nissan

Foco total em sobrevivência

A reestruturação é reflexo de um cenário delicado, agravado pela fusão frustrada com a Honda e pela necessidade de reagir por conta própria. Cerca de 3.000 engenheiros da área de pesquisa e desenvolvimento foram redirecionados para trabalhar exclusivamente em iniciativas de corte de custos.

Paralelamente, ainda que tenha congelado muitos dos seus novos produtos, a Nissan planeja 10 novos modelos para a região das Américas nos próximos anos, começando com o SUV do Leaf, a nova geração do Sentra e um Rogue híbrido plug-in baseado no Mitsubishi Outlander. A próxima geração do Rogue oferecerá motores a gasolina, PHEV e tecnologia de elétricos com extensor de alcance E-Power (EREV). Um SUV elétrico inspirado no Xterra também está nos planos.

Novo Nissan Kicks 2026 começa a ser produzido no Brasil

No Brasil, a Nissan tem se reestruturado e os primeiros os foram dados com o fechamento da fábrica da Argentina. A Frontier, fabricada por lá, deve ser renovada e começar a ser importada ao nosso mercado a partir do México futuramente.

A empresa ainda repensou o posicionamento do Kicks atual, adicionado o sobrenome Play e o colocando na base de seu catálogo. Nos próximos meses, a nova geração do Kicks, maior e mais cara, deve chegar para competir com o Jeep Com. Por último um terceiro SUV deve chegar e, como o Motor1.com Brasil revelou com exclusividade, seu nome será Kait e não será menor que Kicks Play.

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