Citroën C3 vs Fiat Panda: veja o que cada um oferece
Utilizando a mesma plataforma mas com filosofias diferentes, modelos da Stellantis têm mais semelhanças do que diferenças

Com os recentes anúncios de que a Stellantis realizará 1.200 contratações para o estado de Minas Gerais, em sua planta de Betim, e os flagras dos primeiros protótipos de alguns Fiat Pandas de nova geração já em solo brasileiro, é de se imaginar que o modelo deva chegar ao mercado em breve, possivelmente na planta mineira.
Os indícios para isso são muitos, além da já citada ampliação do quadro de funcionários, o grupo já anunciou investimentos de R$ 32 bilhões para a região da América do Sul, que devem ser implantados durante o período de 2025 e 2030 com 40 novos produtos e 8 novos tipos de motorização. O primeiro o desses investimentos foi a implementação da tecnologia Bio Hybrid - ou híbrido leve - que está presente hoje nos SUVs Pulse e Fastback. Eles devem ganhar a companhia de outros modelos do grupo em breve que também usam o motor T200, como C3, Aircross e Basalt, além dos Peugeot 208 e 2008.

Fiat Grande Panda já foi flagrado no Brasil
Há ainda o novo posicionamento que a Citroën irá adotar dentro do grupo Stellantis, mais próximo de carros de entrada, enquanto a Peugeot ficará com carros mais refinados e caros, como é o caso do 208 e 2008. Os Peugeot não terão mais obrigação de serem tão espaços e racionais quanto os modelos da marca italiana ou da sa.
Nesse meio, há espaço para a Fiat ter modelos que possam agradar públicos mais amplo. Assim, poderíamos estar um olhando para um cenário onde o C3 cumpriria a tarefa de ser o carro de entrada da Stellantis num panorama sem os Fiat Mobi ou Argo, estes possivelmente substituídos pelo carro que teria a base do Panda.

Fiat Grande Panda

Citroën C3
Exterior
Os dois modelos compartilham a plataforma Smart Car da Stellantis, antes chamada apenas de CMP. No design exterior, o visual ''quadradão'' também se repete, com o tema sendo mais presente no modelo italiano, que mantém o design fiel ao modelo original dos anos 1980, desenhado por Giorgetto Giugiaro e que também influenciou o primeiro Uno. Nos faróis, dependendo da versão, há LEDs do tipo pixelado. Já no C3, os faróis são do tipo bumerangue com a grade de duplo chevron cortando a dianteira.
Na lateral, o design segue a mesma linguagem, com o modelo italiano tendo molduras quadradas, além do nome PANDA escrito na lata do modelo - algo que não deve chegar no modelo nacional. Já no C3, há molduras com design mais arredondado e, a depender da versão, retrovisores e teto tem cores contrastantes. Na traseira, o Fiat aposta em uma traseira limpa, com o nome Fiat estampado na tampa do porta-malas. Já o C3 aposta em um visual mais simples. Ambos têm porta-malas rente ao para-choque.


Modelo | Comprimento | Largura | Altura | Distância entre eixos |
Fiat Grande Panda | 3,99 metros | 1,75 metro | 1,57 metro | 2,54 metros |
Citroën C3 | 3,98 metros | 1,73 metro | 1,58 metro | 2,54 metros |

Porta malas do Fiat Grande Panda tem até 361 litros

Citroën C3 brasileiro tem porta malas de 315 litros
Interior
No interior, os dois modelos diferem bastante, já que, ao menos por enquanto, não há ainda um Grande Panda com especificações para outros mercados que não sejam o europeu. Ainda sim, suas dimensões são bem próximas as do C3 brasileiro, com tamanho de porta-malas na casa dos 300 litros - mesmo na versão elétrica.
No Panda, a Fiat aposta em um com instrumental digital e multimídia ambos com 10", já no Citroën, há um TFT de 3,5 e uma multimídia também de 10" que é compartilhada com boa parte dos outros modelos da Stellantis no país, como a linha Peugeot.


Modelo | Instrumentação digital | Monitor central | Compartimento de bagagem |
Fiat Grande Panda | 10'' | 10,25'' | 361 litros |
Citroën C3 (Brasil) | 3,5'' TFT | 10'' | 316 litros |

Fiat Grande Panda traz opções híbrida e elétrica

Citroën C3 brasileiro tem motor 1.0 T200
Motorização
Aqui, o campo é um verdadeiro quadro em branco, mostrando muitas das possibilidades que a base CMP - ou Smart Car - pode trazer ao futuro modelo da Fiat no Brasil. O Panda europeu traz opções de motor híbrido - do tipo leve com 48V, mas um pouco mais refinado que o presente em Pulse e Fastback (12V), já que consegue mover o carro até cerca de 30 km/h associado ao motor 1.2 Puretech de 3 cilindros que já foi vendido no Brasil na linha Peugeot e Citroën. O de combustão entrega 100 cv na especificação europeia, enquanto o elétrico tem 28,5 cv.
Já nas variantes 100% elétricas oferecidas na Europa, o Panda é capaz de entregar 113 cv de potênciaEle é alimentado por e uma bateria LFP (lítio-ferro-fosfato) de 44 kWh, proporcionando uma velocidade máxima de 132 km/h e 11,0 segundos de 0-100 km/h. A autonomia total é de 320 km pelo ciclo WLTP.

Sistema BSG (alternador por correia) utilizado nos híbridos leves Pulse e Fastback deve chegar a mais motores
No C3 nacional, há o motor 1.0 Firefly aspirado de três cilindros, flex, capaz de render 75 cv de potência e 10,7 kgfm de torque e câmbio manual de 5 marchas. Ele também é usado em Mobi, Argo e 208. Há ainda uma opção turbinada desse motor, chamada de GSE ou T200, capaz de render até 130 cv de potência com etanol e sempre associado ao câmbio CVT com simulação de 7 velocidades.
No Brasil, é possível que o futuro Panda seja o primeiro modelo elétrico nacional da marca italiana, já que o feito de primeiro elétrico nacional da Stellantis deve caber aos modelos da chinesa Leapmotor. Caso venha com opções eletrificadas como na Europa, é mais provável que utilize algum derivado do T200 Hybrid como em Pulse e Fastback.
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