VW at 2019 ganha retoque visual, sistema semi-autônomo e está sempre online
Reestilização mexe pouco no design, mas adiciona mais equipamentos e tecnologias

Olhe bem para o Volkswagen at acima. Não parece, mas ele mudou seu design. Após renovar o sedã nos EUA (onde ainda usa uma plataforma antiga), a marca mostra a versão europeia, a mesma vendida por aqui, e que disputa espaço com o Arteon pelo título de sedã mais avançado da VW. Isso porque ele adotou ainda mais equipamentos, como controle de cruzeiro adaptativo que trabalha com o assistente de permanência em faixa, movendo o volante para que o carro faça pequenas curvas sozinho.
O novo Volkswagen at é tão parecido com o anterior que tivemos que colocá-lo lado a lado com seu antecessor. Os faróis agora utilizam LEDs e ficaram mais finos, para integrar completamente à grade, que tem uma leve elevação imitando o Arteon. O para-choque redesenhado fecha as mudanças da frente. Na traseira, as lanternas tem novo desenho interno e também utilizam LEDs e o para-choque foi atualizado. Uma mudança que pode não agradar é que trará o nome do veículo escrito ao longo da tampa do porta-malas, da mesma forma que no T-Cross.


É mais fácil encontrar mudanças do lado de dentro do at. O volante é a primeira coisa que chama a atenção, pois utiliza o novo desenho que estreia no T-Cross na Europa – o SUV brasileiro manterá o design antigo usado em toda a linha nacional. O relógio analógico que ficava entre as saídas de ar no foi descartado e, em seu lugar, a Volkswagen colocou o botão do pisca-alerta e o nome do carro.
Seu foco está totalmente na tecnologia. O at recebe o IQ.Drive um pacote com assistentes de direção que trará os sistemas semi-autônomos da empresa. Entre eles está o Travel Assist, um piloto automático adaptativo que permite que o carro ande forma parcialmente autônoma em velocidades até 210 km/h – o sistema anterior era até 60 km/h. Ele usa o assistente de permanência em faixa, movendo o volante sozinho para manter o carro alinhado e até acompanha algumas curvas leves.
Ele ainda usa o leitor de placas de trânsito para reduzir a velocidade de acordo e ainda reage a rotatórias e alças de o. Tem até parada de emergência, freando o veículo caso perceba que o motorista está com algum problema de saúde e não está reagindo. A Volkswagen faz questão de dizer que o piloto automático adaptativo não é mais o mesmo. Ele utiliza dados de GPS e informações do mapa para mudar a velocidade automaticamente de acordo com a via, antecipando mudanças como a entrada em uma rua mais lenta ou em uma estrada.


É o segundo carro da Volkswagen a receber os faróis LED matrix, agora batizados como IQ. Light. As luzes tem 32 LEDs controlados individualmente, capazes de fazer outros efeitos. A fina linha no topo dos faróis funciona como iluminação diurna e, ao ativar a seta, ela muda a cor para amarela, retornando à coloração branca depois da manobra.
O at ainda traz mais duas estreias. A central multimídia Modular Infotainment Matrix chega à terceira geração e sua principal novidade é que está conectada à internet de forma permanente, usando um cartão SIM igual o dos smartphones. Assim, o carro consegue obter informações do trânsito em tempo real, ouvir rádios via streaming, atualizar os seus aplicativos e enviar dados dos veículo para o celular do proprietário.
Conhecido como Digital Cockpit, o novo de instrumentos digital da VW é uma atualização sobre o Active Info Display usado em modelos como Polo e Jetta. A tela tem uma definição melhor, exibindo imagens com maior qualidade e recebe mais funções.


A motorização não mudou tanto assim. Manteve o motor 1.5 TSI de 150 cv, assim como o 2.0 de 272 cv, adicionando o 2.0 TSI de 190 cv, mesma configuração usada pelo T-Roc. O grande destaque está no motor 2.0 TDI Evo, o primeiro de uma nova geração de motores diesel da VW, gerando 150 cv e prometendo uma emissão de somente 10 g/km. Esse mesmo motor será oferecido com 190 cv e 240 cv, além do 1.6 TDI de 120 cv de entrada. As opções de transmissão são o manual de 6 marchas e o DSG de dupla embreagem e 7 marchas.
Não esqueceram do at GTE, versão híbrida do sedã. Ele trabalha com o motor 1.4 TSI de 150 cv e outro elétrico de 115 cv, usando uma bateria de 13 kWh (a anterior era de 9,9 kWh). A marca diz que a potência combinada é de 218 cv. Ele é capaz de rodar por 55 km no modo totalmente elétrico. Pode reabastecer as baterias por uma tomada ou recuperando energia pelos freios e pelo motor a combustão. Ao contrário do resto da linha, o at GTE utiliza uma transmissão automática de 6 marchas, desenvolvida especificamente para veículos híbridos.
O Volkswagen at reestilizado entrará em pré-venda na Europa em maio, chegando às concessionárias em agosto. No Brasil, a estreia acontecerá até 2020, como antecipado pela própria empresa quando comentou os lançamentos para o Brasil nos próximos anos. Como o veículo é importado da Alemanha, só vai depender do estoque por aqui e da fábrica conseguir atender a demanda.
Galeria: Volkswagen at 2019
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