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Exclusivo! Como anda o novo Mini Cooper John Cooper Works

Membro esportivo da família, escapou da eletrificação com o toque John Cooper de sempre

Mini Cooper John Cooper Works 2025
19:20

Quando os primeiros protótipos apareceram, muito se falou (e lamentou) sobre os Mini Cooper se tornarem apenas elétricos. Em uma base parceira com a GWM, os EVs evoluíram em autonomia, mas a melhor notícia foi que a marca britânica manteria os motores a combustão convivendo com os elétricos. E isso inclui os JCW.

Se você conhece a linhagem John Cooper Works, sabe que é a pimenta a mais que os modelos da Mini recebem para quem procura desempenho e esportividade além do que eles já oferecem. Com exclusividade, o Motor1.com Brasil foi aos Estados Unidos conhecer os novos Mini Cooper JCW, hatch e conversível, já estão disponíveis no Brasil.

Mini Cooper John Cooper Works 2025
Foto de: Motor1.com

Novo? Sim, novo!

O Mini Cooper está naquele hall de modelos que não podem mudar muito suas linhas básicas. Já um clássico, não tem muito pra onde os designers e engenheiros correrem, como o pessoal da Porsche com o 911 e da Ford com o Mustang, mas chamamos esse carro de nova geração.

A base é a mesma, UKL1, mas recebeu novos materiais para aumentar a rigidez da carroceria sem aumentar o peso, tanto por segurança quanto dirigibilidade, e novos pontos de fixação da suspensão traseira, em busca da melhoria de conforto sem prejudicar como um Mini Cooper se comporta. Tanto que as dimensões pouco mudam, mais por novos para-choques que por carroceria em si.

Mini Cooper John Cooper Works 2025
Foto de: Motor1.com

Visualmente, o JCW tem para-choques exclusivos, sendo que o dianteiro recebe entradas de ar extras para suprir a necessidade do 2.0 turbo mais potente e até mesmo para resfriar freios, enquanto a traseira destaca o escape, que deixou de ser duplo por normas de emissões globais. As rodas de 18” se destacam e receberam pneus 215/40, mais largos que os anteriores, de 205 mm.

Por dentro, o acabamento predomina com preto e vermelho, inclusive nos bancos com visual semi-concha, com ajustes elétricos e memórias. Nesta nova geração, os principais comandos e informações estão na tela redonda central, em OLED, e o motorista tem o que precisa em um Head-Up Display.

Ao que importa em um JCW

Principalmente na era da eletrificação, os números de potência e torque estão atingindo números antes inimagináveis, mesmo em SUVs e carros familiares. Mas a mágica de um Mini assinado pela divisão John Cooper é o equilíbrio do conjunto completo, sem exageros desnecessários. Aqui, estamos com o já conhecido 2.0 turbo do BMW Group, o B48, em mais uma evolução, o B4820O2, com injeção dupla, variador nos comandos de escape e issão e a capacidade de ciclo Miller para momentos de eficiência. São 231 cv e 38,7 kgfm em um carro com 1.330 kg declarados, algo que sei que já atraiu a sua atenção.

Mini Cooper John Cooper Works 2025
Foto de: Motor1.com

Seu par é o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, com tração dianteira. A MinI deixou o 2.0 turbo ainda mais potente, de 317 cv e 40,8 kgfm, para o Contryman e seu sistema de tração integral justamente por ele colocar melhor essa força no chão. No hatch, é perceptível um acerto ainda mais nervoso do câmbio, mas falamos disso depois.

Se tem mais potência, o JCW não ficaria sem melhorias no que sempre foi seu ponto alto: dirigibilidade. A suspensão recebe novas molas e amortecedores, estes adaptativos, e os freios também foram recalibrados, com discos ventilados inclusive no eixo traseiro, sem esquecer a direção rápida.

Mini Cooper John Cooper Works 2025

Este Mini Cooper Sport é 2000, pouco antes do BMW Group comprar a Mini

Foto de: Motor1.com

Um novo velho conhecido

Entre diversos Mini Cooper, não poderia sair para as ruas de Savannah, Georgia, em um que não estivesse vestindo o clássico British Racing Green. O seu antecessor é um dos carros que mais me diverti em um teste ado e sempre ficou na minha memória como referência para algumas coisas. Neste verde então, não tem como errar.

Coloquei minha mochila no carro, conectei meu telefone no Apple CarPlay sem fios e vamos explorar até onde for possível desta cidade que vive, principalmente, de seu porto. Uma boa música para ver o sistema Harman Kardon trabalhar é obrigação ao menos neste momento que escolhi o modo Green, um eco com outro nome.

Mini obras de John Cooper (2025)
Foto de: Mini

Essa nova arquitetura do Mini Cooper, com a tela central redonda, é uma homenagem aos seus clássicos, e já estou acostumado pelo contato anterior com outras versões, mas exige alguma adaptação se você não o conhece. Responde rápido e é intuitivo, além da brincadeira com imagens e fontes que atiçam nosso lado lúdico, ainda mais com o simpático bulldog inglês que faz o papel de assistente virtual.

Mas o head-up display já me ajuda bastante, com informações como velocidade e de navegação GPS. Bom, alguns metros e percebo que meu velho amigo, mesmo com sua suspensão adaptativa, ainda é bem firme até em modos mais suaves – mas nem se compara com aquela geração que usava o 1.6 turbo, que ali sim, tinha uma suspensão composta por amortecedores e molas vindos de um carro de corrida.

Mini obras de John Cooper (2025)
Foto de: Mini

Nas estradas de concreto dos Estados Unidos, o JWC a bastante essa informação para o motorista. Se quiser algo mais suave, vai ter que ficar com o Cooper S, buddy. Puxo a aleta esquerda do volante e ele habilita, por 10 segundos, o modo Go Kart, para uma ultraagem, por exemplo.

No modo Green, o 2.0 fica calmo, as trocas de marchas suaves e em rotações baixas, mas longe de deixar o Cooper sem graça e lento. Ainda responde bem, mas essa ajuda do modo Go Kart empurra ainda mais, mudando inclusive o ronco e a programação do câmbio, mais agressiva nas trocas. Mas não vim aos Estados Unidos para fazer consumo...

Como manda a tradição, um JCW!

Go Kart ativo, na hora a suspensão já fica bem mais firme e o câmbio mais agressivo, reduzindo algumas marchas para subir a rotação do 2.0 turbo. Encosto o pé no acelerador e a disponibilidade de torque é alta, fazendo o hatch crescer com muito fôlego, jogando no chão com a tração dianteira sem exageros ou destracionar. O ronco mudou também, aumentando as sensações de realmente estar em um esportivo, assim como as trocas de marchas, seja pelas borboletas no volante ou automaticamente, dão trancos e são mais rápidas. 

Compacto, é fácil colocá-lo onde quiser. Achei um trecho de rodovia onde a turma estava andando mais rápido e pude acompanhar o fluxo e, na verdade, ele ganhou mais velocidade do que eu pensava naquele momento. Como sempre, o Mini Cooper JCW não nega fogo e chama a atenção até de carros maiores, com seus V8, que não entender como aquele pacotinho compacto para os padrões norte-americanos pode andar tanto com "apenas" 231 cv em um 4-cilindros sobrealimentado. 

De volta ao Brasil, esse carro custa R$ 319.990. É um valor considerável, mas todo o pacote de tecnologias está presente, além do toque JCW - comparado ao Mini Cooper S, são R$ 70 mil a mais, também com 2.0 turbo, mas 204 cv e sem os ajustes mais esportivos. Como referência, nesta turma de esportivos com toque clássico, um Mustang GT custa R$ 549 mil, enquanto um Porsche 911 Carrera começa em R$ 930 mil...

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